Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Não a torno a achar, mais, não.
Lugar onde o não encontre
É triste qual sepultura,
O mundo todo parece
Repassado de amargura.
A cabeça desvairada
Tenho, e turvo o pensamento.
Saudades, ai que endoidecem.
São meu contÃnuo tormento.
Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Mais não torno a achá-la, não.
Quando à janela me chego,
Querem meus olhos buscá-lo;
E quando saio de casa
Somente quero encontrá-lo.
O seu ar é majestoso
E gentil sua estatura,
Que fogo altivo nos olhos!
No sorriso, que doçura!
E se dos lábios lhe correm
Doces falas de de encantar,
Quando a mão ele me aperta,
Quando chega a me beijar!
Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Não a torno a achar, mais, não.
A ele meu peito aspira
Todo em amor abrasado;
Oh, quem me dera tê-lo aqui
Nestes braços apertado.
E tanto tempo beijá-lo
Que me pudesse fartar,
Ainda que de seus beijos
Eu houvesse de expirar!
Goethe (Fausto)
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Não a torno a achar, mais, não.
Lugar onde o não encontre
É triste qual sepultura,
O mundo todo parece
Repassado de amargura.
A cabeça desvairada
Tenho, e turvo o pensamento.
Saudades, ai que endoidecem.
São meu contÃnuo tormento.
Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Mais não torno a achá-la, não.
Quando à janela me chego,
Querem meus olhos buscá-lo;
E quando saio de casa
Somente quero encontrá-lo.
O seu ar é majestoso
E gentil sua estatura,
Que fogo altivo nos olhos!
No sorriso, que doçura!
E se dos lábios lhe correm
Doces falas de de encantar,
Quando a mão ele me aperta,
Quando chega a me beijar!
Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Não a torno a achar, mais, não.
A ele meu peito aspira
Todo em amor abrasado;
Oh, quem me dera tê-lo aqui
Nestes braços apertado.
E tanto tempo beijá-lo
Que me pudesse fartar,
Ainda que de seus beijos
Eu houvesse de expirar!
Goethe (Fausto)