E é horrível sentir medo.

Ele suga a vida para fora da alma, nos põe em posição fetal e limpa a nossa felicidade. Tornamo-nos celeiros abandonados, balançando fragilmente com o vento, um lugar onde a humanidade costumava comer, crescer e encontrar calor. Não mais. Quando o medo molda nossa vida, a segurança se torna o nosso deus. Quando a segurança se torna o nosso deus, idolatramos a vida livre de riscos. O amante da segurança pode fazer alguma coisa grandiosa? O avesso ao risco pode executar atos nobres? Por Deus? Pelos outros? Não. Os temerosos não conseguem amar profundamente. O amor é arriscado. Eles não podem dar aos pobres. A benevolência não tem garantia de retorno. Os temerosos não podem sonhar livremente. E se seus sonhos pifarem e caírem do céu? A adoração da segurança enfraquece a grandeza. Não é à toa que Jesus trava tremenda guerra contra o medo.

Seu comando mais comum emerge do lema "não tema". Os evangelhos listam cerca de 125 imperativos emitidos por Cristo. Destes, 21 nos dizem para "não temer" ou "não ter medo" ou "ter coragem". O segundo comando mais comum, amar a Deus e ao próximo, aparece apenas em oito ocasiões. Se a quantidade for um indicador, Jesus leva nossos medos a sério. A frase que Ele disse mais do que qualquer outra foi esta: NÃO TENHA MEDO.

Trecho do livro que comecei a ler:

Sem medo de viver - Max Lucado (página 20)