E ai certa noite eu tive um sonho estranho.
Sonhei que algumas pessoas não eram pessoas de verdade, mas sim robôs, programados para executar tarefas, se passando por humanos.
Inspirada nesse sonho, escrevi esse texto aqui: Robôs.
Ai, alguém me mandou um tweet "esse texto me lembra a música 'admirável chip novo' da Pitty."
E eu, que não sou muito chegada nas músicas da Pitty, parei para ouvir a referida música.
Claro que, não resisti e também acabei ouvindo Máscara e Teto de vidro (mas esse é assunto para outro post.)

Nesse mesmo dia lembrei que estava com o livro "admirável mundo novo" aqui em casa.
Sim, eu sabia que o livro era muito bom e sim, eu também sabia que já devia ter lido-o há muito tempo atrás, mas antes tarde do que nunca, lá fomos nós (eu e eu mesma) para a leitura do mesmo.

Foi ai que comecei a admirar Aldous Huxley, da mesma forma que admiro George Orwell (apesar de que, vergonhosamente confesso que ainda não li tanto quanto deveria, mas enfim.)

E o que mais me encantou em admirável mundo novo, não foi a forma como o escritor "previu" uma sociedade condicionada, manipulada e sem valores; o que me pareceu uma versão até um pouco melhorada (ou piorada) de um Big Brother Brasil; mas o que realmente me encantou são as falas dos personagens de Shakespeare 'jogadas' no meio das falas dos personagens do livro.

E claro, sugiro a leitura da peça (livro) "A tempestade" de William Shakespeare, para entender de onde  Huxley tirou sua ideia para o título do livro.

E não, não vou apresentar um resumo ou resenha do livro, porque disso, a internet tá cheia. E NADA se compara às horas de leitura de um bom clássico como esse.

A sim, não poderia faltar o clip inspirado no livro:




"O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela..."


*Admirável Gado Novo - Zé Ramalho