Palavras

terça-feira, março 04, 2014

Em homenagem ao sonho doido que eu tive essa noite, em que uma amiga lia um livro da Sylvia Plath:

Palavras

Golpes 
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.

A seiva 
Jorra como pranto, como
Água lutando 
Para repor seu espelho
Sobre a rocha

Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro

Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.

Sylvia Plath
(tradução de Ana Cristina César)
Via 

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