Conta-se que numa carpintaria, certa vez, houve uma estranha assembléia. Foi uma reunião das ferramentas para discutir as suas diferenças. O martelo exerceu a presidência, mas os demais participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e vivia o tempo todo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que o parafuso também fosse expulso, dizendo que ele dá muitas voltas para dizer o que deseja. O Parafuso concordou, mas pediu que a liça também fosse expulsa alegando que era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atrito. A lixa aceitou, mas com a condição que expulsassem o metro, pois ele mede os outros segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito. Antes de a reunião terminar, entrou o carpinteiro, juntou todas as suas ferramentas e iniciou o seu trabalho. Pegou uma madeira bastante rústica e, com ajuda da lixa, do metro, do parafuso e do martelo e de outras ferramentas, fez daquela madeira feia, lindos e finos móveis. Logo depois fechou a carpintaria e foi embora. Reabriu-se então a assembléia.
O serrote pediu a palavra e disse emocionado: Senhores; ficou demonstrado que realmente temos defeitos, mas também temos qualidades. Pois o carpinteiro provou isto, usando nossos pontos valiosos e construindo esses lindos móveis. A assembléia acatou estas ponderações. O martelo golpeava forte, mas ajustava a madeira. A lixa era áspera, mas afinava e alisava. O metro era preciso e exato, mas era ele que dava alinhamento. As ferramentas ficaram orgulhosas e viram que trabalhando em equipe, podiam produzir móveis lindos.

Assim acontece conosco. Temos qualidades e defeitos. Ninguém é inútil, quando colocamos nossas vidas nas mãos do carpinteiro (Jesus) e deixamos que Ele nos use.

Autor: Ramon Barbosa - O Mensageiro AMB 2007