A Arte e o Segundo Mandamento

quarta-feira, setembro 20, 2017

Um antigo ditado mineiro dizia que “mais vale um gosto do que um caminhão de abóbora”. Um jeito matuto de dizer que “gosto não se discute”. No entanto, quando o “gosto” em discussão é sobre arte – música, pintura, artes plásticas, escultura, entre outras – e fé cristã, sobram desavenças.

Não é exagero imaginar que tudo começou com o segundo mandamento: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Ex 20.4). Trata-se de um prato cheio para os que dizem que a arte é proibida pela Bíblia. 

Bem, é preciso continuar a leitura bíblica. Ou, podemos voltar às primeiras páginas do livro de Gênesis, onde, de fato, tudo começou. Por exemplo, com os primeiros artistas: Jubal, “pai de todos os que tocam harpa e flauta” (Gn 4.21); e, Tubalcaim, ”artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro” (Gn 4.22). 

E, voltando ao livro de Êxodo, podemos ainda encontrar algo, digamos, raro: arte misturada com a manifestação do Espírito Santo. É, aconteceu. A primeira manifestação do “Espírito de Deus” na Bíblia, quem diria, não foi para transformar pedra em pão, curar enfermos ou expulsar demônios. Mas, para criar, produzir arte, pelas mãos de fulano, que era filho de ciclano...: “E o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento em todo artifício, e para elaborar desenhos... (Gn 35.31-35).

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